O Calendário Litúrgico recomenda para este domingo, 7 de outubro, as seguintes leituras bíblicas:
Salmo 37: 1-18
Habacuc 1: 1-13, 2: 1-4
II Carta a Timóteo 1: 1-14
Evangelho de São Lucas 17: 5-10
“Até quando, Senhor, vou pedir socorro, sem que me escutes? Até quando clamarei a ti: VIOLÊNCIA! sem que tu me traga salvação? Por que me fazes ver o crime e contemplar a injustiça? Opressão e violência estão à minha frente; surgem processos e levantam-se rixas. Por isso, a lei perde a força e o direito nunca aparece. O ímpio cerca o justo e o direito aparece distorcido.”
Este questionamento a Deus e pedido de socorro parece bem apropriado para os dias atuais. A lei existe mas não é cumprida, os corruptos estão sempre encontrando uma maneira de distorcer os fatos e seguem explorando o povo.
O texto é atual, mas e essa reclamação é do profeta Habacuc, que viveu, provavelmente, no tempo do rei Joaquim, no reino de Judá, por volta do ano 600 a.C.
Por que será que, passados mais de 2.500 anos, Deus ainda não atendeu esta súplica e a injustiça e a opressão continuam tão presentes em todos os lugares?
Deus disse a Habacuc que tivesse paciência e esperasse, pois “quem não é correto vai morrer, enquanto o justo viverá por sua fidelidade”. Talvez, a nossa pouca fé seja o que vem retardando o dia da justiça e da dignidade.
No evangelho deste domingo, quando os apóstolos pedem a Jesus que aumente a fé deles, Ele responde: “Se vocês tivessem fé do tamanho de uma semente de mostarda, poderiam dizer a esta árvore: Arranque-se daí e plante-se no mar. E ela obedeceria a vocês.”
O que Jesus quis dizer com isso? Que a nossa fé é infinitamente pequena e por esse motivo não realizamos as coisas que queremos, como, por exemplo, acabar com a violência e a injustiça.
Nesse momento, você pode estar afirmando que tem se mantido fiel e justo. Mas será que nós não somos fiéis e justos somente até surgir alguma oportunidade de nos unirmos aos opressores infiéis? Quantos exemplos temos de pessoas que combateram a injustiça, mas quando tiveram oportunidade de aplicar a lei e re-estabelecer a justiça, se esqueceram de seu compromisso com os pobres e desafortunados?
Lembre-se, precisamos ser fortes e fiéis ao Plano de Deus. Como disse São Paulo a Timóteo: “Deus não nos deu um espírito de medo, mas um espírito de força, amor e sabedoria.” Sejamos fiéis e perseverantes. Talvez não vivamos o bastante para presenciar o dia da justiça, mas não podemos deixar de acreditar que ela há de vir.
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